domingo, 26 de abril de 2009

Público: Cardeal Saraiva Martins “feliz” com trabalho feito


Era um cardeal feliz e bem disposto aquele que atravessava a Praça de São Pedro, ao princípio da tarde, depois da missa de canonização de frei Nuno de Santa Maria e de mais quatro santos portugueses. José Saraiva Martins, prefeito da Congregação para a Causa dos Santos até Julho do ano passado, afirmava ao PÚBLICO que “depois de tanto trabalho” com o processo de canonização, estava “feliz” com a cerimónia que acabara de viver.
“É um dia grande para Portugal, um dia extraordinário e histórico, não só para a Igreja mas para todos os portugueses”, afirmou. “Tive o privilégio de levar o beato a ser canonizado”. Não queria deixar a Congregação da Causa dos Santos sem concluir o processo de canonização.”
D. José Saraiva Martins admitiu que o processo de frei Nuno de Santa Maria teve que ser concluído em “três meses”, com tarefas que levam “cinco a seis anos”. “Considero um privilégio Deus ter-me permitido encerrar o processo.”
O novo santo português – o oitavo desde a fundação da nacionalidade – deve ser um exemplo “maravilhoso” para os mais jovens: “Um nobre, guerreiro, rico, que deixou tudo para se tornar irmão leigo na Ordem Carmelita e que nos últimos tempos andou a pedir esmola por Lisboa para dar aos pobres.”
Saraiva Martins concorda entretanto com o cardeal-patriarca: quem foi canonizado não foi a figura política, mas a “santidade” do Condestável; e é necessário aprofundar aspectos ainda pouco conhecidos da biografia de frei Nuno.


António Marujo
26.04.2009

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