domingo, 26 de abril de 2009

Expresso: Muitos portugueses entre os peregrinos


Mesmo com chuva, a Praça de São Pedro está cheia no dia em Nuno Álvares Pereira é canonizado.
Os cinco mil convidados para a cerimónia de canonização do até agora Beato e novo São Nuno ou Santo Condestável , hoje, na Basílica de São Pedro, em Roma, alguns deles portugueses, já começaram a ocupar os seus lugares na praça.
Apesar da chuva, a maior parte das cadeiras do recinto da
Praça de São Pedro foram ocupadas a bom ritmo e os grupos distinguem-se pelos chapéus e lenços que usam, mesmo que por debaixo das capas e dos impermeáveis para o mau tempo.
Os portugueses distribuíram centenas de chapéus verdes e lenços alusivos à canonização e são muitos, entre os quais mais de duas centenas de escuteiros, os grupos espalhados que ostentam esta simbologia particular, além de serem visíveis algumas bandeiras portuguesas.
Mas nesta competição de insígnias, os vencedores são os chapéus vermelhos de Caterina Volpicelli, uma das quatro figuras italianas que será hoje canonizada a par do Santo Condestável. Fundadora das Servas do Sagrado Coração, uma instituição que, no século XIX em Nápoles, apostou no apoio social aos pobres à semelhança dos franciscanos, Caterina Volpicelli faleceu em 1894 e em Junho de 1999, João Paulo II, aprovou a sua beatificação. Apesar disso, quando o leitor da cerimónia anunciou o nome de
Nuno Álvares Pereira foram ouvidos aplausos, um sinal da presença elevada de portugueses no recinto. Uma cerimónia de canonização de um português não se realizava em Roma desde 1976, ano em que foi confirmado o culto universal da fundadora da Ordem da Imaculada Conceição, Santa Beatriz da Silva, pelo Papa Paulo VI. Hoje, na Praça de São Pedro, o Postulador da Causa, Fernando Millán, vai explicar o processo canónico que justifica esta atribuição pela Santa Sé, com relatos sobre a santidade de Nuno Álvares Pereira confirmados por teólogos e historiadores e um relatório de médicos convidados pelo Vaticano que atestam a sua "intercessão" na "cura miraculosa" de um olho da portuguesa Guilhermina de Jesus, queimado com óleo de fritar. Para segunda e terça-feira, estão previstas novas celebrações religiosas na basílica de São Paulo Fora de Muros, presididas por D. José Policarpo, e na Igreja de Santa Maria em Transpontina, por Fernando Millán.

Sem comentários:

Enviar um comentário