terça-feira, 25 de maio de 2010

Por Portugal – E Mais Nada, poema de Rodrigo Emílio

Por Portugal – E Mais Nada

Arraial, Arraial (de porrada)
Por Portugal - e mais nada.
Arraial, Arraial (de porrada)
Por Portugal - e mais nada.


Quem do alto
De tanta sela e montada,
Tanta vez, em sobressalto,
Pôs Castela em debandada …
- … Pode lá ver, pela frente
Pode lá ter, por diante
Apenas gente aparente
… Gente de sangue rafeiro
(Sem que se exalte e se zangue
O seu Rompante Guerreiro).

Arraial, Arraial (de porrada)

Por Portugal - e mais nada.
Arraial, Arraial (de porrada)
Por Portugal - e mais nada.

Na imagem de vitral
do 'spiritual cavaleiro -
medalhão medieval,
aos pés do qual me consterno …
- ,Está ou não
Portugal de Portugal? …
Está ou não
Portugal, inteiro, e Eterno?! …

Arraial, Arraial (de porrada)

Por Portugal - e mais nada.
Arraial, Arraial (de porrada)
Por Portugal - e mais nada.

Do alto, lá do seu posto,
Atenda Ele, ao recado
Que me foi lançado em rosto,
Derramando o Seu desgosto
Sobre a data já remota,
- Dia 14 d’ Agosto:
Quadrado d' Aljubarrota!

Arraial, Arraial (de porrada)

Por Portugal - e mais nada.
Arraial, Arraial (de porrada)
Por Portugal - e mais nada.

E ali, a mim me reúno
à sombra de uma Bandeira
Que me quis sagrar aluno
de D. Nuno Álvares Pereira
Que do Alto
de tanta sela e montada
Pôs Castela em debandada.

Arraial, Arraial (de porrada)

Por Portugal - e mais nada.
Arraial, Arraial (de porrada)
Por Portugal - e mais nada.

Saia, de novo, a terreiro
- D' atalaia e a dar ajuda -
Todo o povo. O povo inteiro outra vez
contra o estrangeiro
nos acuda:
Ponha a andar d' aqui o Andeiro
A tal arraia-miúda!

Arraial, Arraial
(de porrada )
Por Portugal
- E mais nada.

Poema de Rodrigo Emílio (1982)
Música de José Campos e Sousa (29.03.2009)

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