quarta-feira, 19 de maio de 2010

Nun’ Álvares poema de António Sardinha

Nun’ Álvares

Nascido na leal Cavalaria,
deu-te a Cavalaria essa pureza
que sem a alma que em tua alma havia,
é luz velada que não dura acesa!

Tu a abrigaste em horas de alegria
— tu a abrigaste em horas de tristeza.
Por ti a flor de Galaaz floria,
talvez ainda com maior firmeza!

Tens o poder da tua espada forte,
tens o poder das tuas mãos erguidas,
— Herói e Santo, vem valer aos teus!

Alto, mais alto que o pavor da morte,
se a tua espada guarda as nossas vidas,
as tuas mãos pedem por nós a Deus!

Poema de António Sardinha
Música de José Campos e Sousa

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