sexta-feira, 18 de março de 2011

Poema condestabriano de Jacinto de Torres y Sotomayor

Ao Túmulo do Grande Condestável

Epitáfio

Suspende, pára, tem-te, ó caminhante,
Teu móvel passo na ocasião presente,
E admira este Túmulo eminente
Breve esboço do seu grande Atlante.
Um Régio Panteão tens diante,
Coroas de quem é pelo sangue ascendente,
Ou um Trono, e Urna, de ouro em que assente
A sua viva Fé, a sua Religião constante.
Multiplica as devidas admirações
Por este que vês entre Mármores e Piras,
Pois o êxtase aqui é justificável
E justas são tais assombrações,
Para que melhor conheças o que miras:
É Dom Nuno Álvares, o teu Condestável.

Jacinto de Torres y Sotomayor
Presbítero
In Rodrigo Mendes Silva Lusitano, Vida e Feitos Heróicos do
Grande Condestável e Suas Descendências,
Esfera do Caos Editores, 2010, p. 415.

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