sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Poema condestabriano de Soror Violante do Céu

Ao Túmulo do Grande Condestável

Epitáfio

Jaz no alto Túmulo que miras
(Como exemplo de excelsas qualidades)
Qanta virtude disseram as verdades,
Quanto valor fingiram as mentiras.
Tu que supenso, ó viajante, admiras
Em tão breve lugar imensidades,
Sabe que há-de viver eternidades,
Esse que vês em Mármores e Piras.
Mas se a virtude, a força e o brio
Deste Varão, em tudo sem segundo,
A tua piedade ignora, duvida do teu siso.
Vê a sua vida que dirás, confio,
Que se bem soube conquistar o mundo,
Melhor soube conquistar o paraíso.

Soror Violante do Céu
(Monja do Convento da Rosa da cidade de Lisboa)
In Rodrigo Mendes Silva Lusitano,
Vida e Feitos Heróicos do
Grande Condestável e Suas Descendências,
Esfera do Caos Editores, 2010, p. 399.

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