quarta-feira, 9 de março de 2011

Poema condestabriano de Alfonso de la Peña

Ao Sepulcro do Grande Condestável

Epitáfio


Volta à vida melhor, onde não cobre
De opinião o mundo as tuas verdades.
Volta, ó pai de tantas Majestades,
Se não a fama maior, mais nobre.
Vive outra vez, e a tua memória redija
O mármore imortal das idades,
Que para quem morreu a viver eternidades,
A eternidade é a razão por que viva.

Essa pena erudita que te aclama,
Não é pena, mas uma voz, um troar reverente
Que pelo olvido tua memória chama.

Volta para ver tanto ilustre descendente,
Que forma uma árvore de cuja imortal rama
Se teceu a coroa que levas na mente.

Alfonso de la Peña
In Rodrigo Mendes Silva Lusitano,
Vida e Feitos Heróicos do
Grande Condestável e Suas Descendências,
Esfera do Caos Editores, 2010, p. 410.

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