sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Poema condestabriano de Francisco de Rojas

Ao Sepulcro do Grande Condestável

Epitáfio

Este que em decoroso Monumento,
Sendo cinza, desperta uma chama
Quando se dá luzes à sua fama,
Acresce compaixão ao sentimento,
Foi seu acidente, seu merecimento,
Não foi a dor o veneno que o inflama,
Que aqui em Grande a voz da orbe aclama,
Parece que o viver dura violento.
Este é o mesmo pranto e do chorado,
Seus méritos dirá sua feliz sorte,
Não teve que invejar e foi invejado.
A emulação em pranto se corte,
De todos foi em vida venerado,
E ninguém o premiou, senão a morte.


Francisco de Rojas
In Rodrigo Mendes Silva Lusitano,
Vida e Feitos Heróicos do
Grande Condestável e Suas Descendências,
Esfera do Caos Editores, 2010, p. 404.

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