quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Poema condestabriano de António Lopez de Vega

Ao Túmulo do Grande Condestável

Epitáfio

Nem o Fúnebre cipreste nem o louro glorioso
Coroe esses despojos imortais,
Que ainda nos ritos da morte fatais
Sabem exibir o vitorioso,
Mora aqui seu valor, triunfa no ocioso,
Se fazem, ainda quando parecem mortais,
As forças do olvido desiguais
E o curso dos anos forçoso.
Não um Túmulo pois, mas uma Palestra
O mármore é a sua maior vitória,
Que guarda os invencíveis e se perpetua.
Salve, sempre vitoriosa destra,
Que até no rio Letes deixas memória
E permanente luz na cinza crua.

António Lopez de Vega
In Rodrigo Mendes Silva Lusitano, Vida e Feitos Heróicos do
Grande Condestável e Suas Descendências,
Esfera do Caos Editores, 2010, p. 400.

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